quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Veja como foi o primeiro Natal do Papa Francisco

Pela primeira vez, os católicos celebraram o Natal com o Papa Francisco, eleito Bispo de Roma em 13 de março deste ano. A simplicidade e a proximidade que marcam o seu pontificado se refletiram também na homilia e na mensagem de Natal que o Papa ofereceu aos fiéis.

Em sua primeira Missa do Galo, celebrada no dia 24, Francisco destacou a luz de Cristo para a humanidade. Ele lembrou que o homem está em caminho na história da salvação e encontra momentos de luz e de trevas, mas pode sempre contar com o auxílio de Jesus para iluminar as dificuldades humanas.

“Se amamos Deus e os irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse; então, calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor”, disse.

Já na mensagem de Natal, pronunciada nesta quarta-feira, 25, o apelo pela paz foi o ponto forte. O Santo Padre recordou os conflitos na Síria e na República Centro-Africana, pedindo a paz.

“As guerras dilaceram e ferem tantas vidas. Ela dilacerou, nos últimos tempos, o conflito da Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a rezar a Deus para que Ele poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio e as partes em conflito ponham fim a toda violência”.

Francisco também lembrou a situação do Oriente Médio, manifestando seu desejo de que as negociações de paz entre israelenses e palestinos possa ter um final feliz. A tragédia em Lampedusa, ilha italiana onde morreram muitos imigrantes em um naufrágio, não passou despercebida. O Papa pediu que fatos como esse nunca mais se repitam.

Entre os apelos de paz, o Santo Padre também destacou a problemática do tráfico de seres humanos. “Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se deem conta da gravidade deste crime contra a humanidade”.


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Natal do Senhor


Neste dia especial, em que toda a Igreja celebra o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, acompanhemos o testemunho da Palavra de Deus a respeito deste acontecimento que transformou a história da humanidade:

“…José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: ‘Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor’.” (Lc 2,4-11)

Por isso hoje celebramos a eterna solidariedade do Pai das Misericórdias que, no seu plano de amor, quis o nascimento de Jesus, que é o verdadeiro Sol, a Luz do mundo. Este não é um dia de medo e nem de desespero, é dia de confiança e de esperança, pois Deus veio habitar no meio de nós, e assim encher-nos da certeza de que é possível um mundo novo. Solidário conosco, Ele nos quer solidários neste dia de Glória que refulge ao redor de cada um de nós!

Sendo assim, tudo neste dia só tem sentido se apontar para o grande aniversariante deste dia: o Menino Deus! Presépios, árvores, enfeites, banquetes e os presentes natalícios representam os presentes que os Reis Magos levaram até Jesus, mas não são estes símbolos a essência do Natal. O importante, o essencial, é que Cristo realmente nasça em nossos corações de uma maneira nova, renovadora, e que a partir daí, possamos sempre caminhar na sua luz solidária deste Deus Único e Verdadeiro, que nos quer também solidários uns com os outros!

Vivamos com muita alegria este dia solidário, que o Senhor fez para nós!

Um Santo Natal para você e para a sua família!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Padre reflete sobre o papel de Maria e José na celebração do Natal


Os católicos estão às vésperas da celebração do mistério da encarnação de Cristo, Filho de Deus feito homem para trazer a salvação. Em preparação para a festa do Natal, celebrada nesta quarta-feira, 25, os fiéis encontram em Maria e José um exemplo de aceitação do projeto de Deus e de espera pela vinda do Senhor.

Em entrevista ao noticias.cancaonova.com, o pároco da paróquia Nossa Senhora Aparecida, da diocese de Lorena (SP), padre Rodrigo Fernando Alves, define o casal Maria e José com uma “propaganda vocacional”, fazendo os fiéis terem ciência de que são vocacionados ao plano de Deus.

O sacerdote recorda que Maria é figura de destaque em todo o ano litúrgico, devido à sua receptividade e disposição para com as obras de Deus. No Advento, ela vem apresentada como participação livre e disposta da humanidade no projeto divino de salvação.

Quanto a José, padre Rodrigo fala que ele reconheceu a prioridade do projeto coletivo em relação ao individual. “Ainda que tivesse suas metas futuras com Maria, vai se resignando ao grande plano de Deus que é muito melhor que o seu individual”.

Confira, abaixo, a entrevista completa com padre Rodrigo:

noticias.cancaonova.com -  Como Mãe de Jesus, qual o maior exemplo que Maria traz aos fiéis? Por que também ela é uma figura de destaque nesse tempo de Advento?

Padre Rodrigo Fernando Alves - Maria é figura de destaque o ano litúrgico todo, porque é a criatura humana mais receptiva e disposta para as coisas de Deus. Ela é o que nós, em muitos momentos, não conseguimos ser. Gostamos tanto dela, porque ela, sendo tudo isso, não se vangloria ou se distancia de nossa luta de todo dia. Olhamos para ela e pensamos: "A gente, se faz esforço, consegue também". O afetivo de Deus fica muito aproximado de nós em Maria. Ela é 'sim', é obediência, perseverança, coragem, força, empenho, oração, humildade... adjetivos que todo ser humano precisa desenvolver para bem viver. Ficar perto dela e tê-la na vida e caminhada é muito positivo e nos faz ser sempre mais de Deus. E ela é apresentada no Advento como a participação livre e disposta da humanidade no projeto de salvação. Ao dizer sim, ela abre caminho para que tudo mais que Deus queria fazer pudesse ser!

noticias.cancaonova.com - O 'sim' de Maria trouxe ao mundo o Salvador. Mas, ainda hoje, Deus precisa do 'sim' de cada um para continuar sua obra de salvação. Em que medida o tempo do Advento pode ser aproveitado pelos católicos para essa revisão de missão de vida?

Padre Rodrigo - O católico que vive uma vida de comunidade e participa, ao menos aos domingos, de sua comunidade, é atraído para o clima de Natal. O Advento vai enfeitando o coração do cristão que, a cada domingo celebrando com sua comunidade, vai sendo resgatado para os melhores sentimentos. Vendo a história que Deus fez com o povo daquele tempo, vemos que Ele quer prosseguir fazendo história no nosso tempo, e que quer contar com nossa ajuda. Vendo gente tão simples respondendo positivamente, somos provocados a dar uma resposta, e vamos entendendo que um mundo melhor é possível com gente boa de colaboração! Deus precisa de bons colaboradores hoje! Como houve Zacarias, Isabel, João Batista, José e Maria... Hoje, Ele nos visita nos acontecimentos de nossos tempos e nos aborda com a pergunta: "quer me ajudar?". Se respondemos sim, o seguimento do projeto acontece e algo em nossa volta fica melhor!

noticias.cancaonova.com - Junto a Maria aparece, nas leituras do Advento José, seu esposo. Que exemplo ele traz para quem quer se preparar bem para acolher Jesus?

Padre Rodrigo - José é aquele que sai do individualismo de sua satisfação humana e entende que o projeto do "nós" é mais importante do que o projeto do "meu". Ainda que tivesse suas metas futuras com Maria, vai se resignando ao grande plano de Deus, que é muito melhor que o seu individual. Ele revela nosso lado humano que, pela fé e pela escuta dos recados de Deus, vai se convencendo do que é preciso ser feito. Quem quer se preparar para acolher Jesus e olha para ele (José), percebe que é preciso se desfazer das próprias seguranças para se lançar na grande aventura do novo e do desconhecido de Deus. E que Deus nunca nos levará para um lugar que não seja bom!

noticias.cancaonova.com - Em que medida o exemplo de Maria e José ajuda os fiéis a caminharem com o coração preparado, nesse tempo de espera, pelo nascimento de Jesus?

Padre Rodrigo - O exemplo deste casal é uma propaganda vocacional: temos vocação para o plano de Deus, pois o plano d'Ele é para gente normal. Cada uma achando-se dentro do "tabuleiro da vida". Vida feliz tem sacrifícios, mas com fé e confiança chegaremos lá. É feliz quem, com maturidade e ousadia, responde ao chamado de Deus. Eles nos recordam que Deus está nos chamando a trabalhar com Ele na obra da salvação e de um mundo melhor. Que tal arriscar dar uma resposta positiva?

Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Então é Natal!


Passei diante de um escritório. Estava enfeitado para o Natal. Não havia imagem do Menino Jesus, nenhum símbolo religioso. Nada. Havia luzes, uma árvore da Natal e uma guirlanda com um Papai Noel no centro; em baixo, em dourado, bem grande, a palavra “paz”... De que paz estão falando? Que paz estão pensando? Que paz um bizarro e inexistente Papai Noel pode trazer? Que Natal se celebra quando não se celebra Cristo?
Arte de nossa sociedade pagã e vulgar: a capacidade de banalizar tudo, de festejar tudo sem celebrar nada! As luzes do Natal, que significam de profundo? Nada! As mensagens de Natal, com palavras gastas: paz, amor, realizações, felicidade, prosperidade, sonhos... Que significam, além de vagos desejos e sentimentos açucarados? Nada! Os eventos natalinos: ceias, presentes, roupas novas, reuniões familiares? Que estarão simbolizando? Nada!
Sem Jesus não há Natal. Sem Ele o Natal é uma mentira; apenas mais uma comemoração de nada para dar a ilusão de que estamos de bem com a vida... Sem Jesus, que fazer com a vida, a doença, a fome de tantos, a tristeza, a solidão, as feridas de nosso coração, nossas derrotas, nossos fracassos e os problemas de nossa existência? Sem Jesus, que fazer com a morte que, cedo ou tarde, enfrentaremos?
O Ocidente encheu este período de uma atmosfera de doçura, bondade, esperança e amor. Cânticos belíssimos foram compostos; símbolos e costumes sublimes foram criados... Mas, tudo isso tinha um sentido, era expressão de um profundo estado interior: o Ocidente sabia que o mundo tinha um sentido e uma esperança: Aquele Menino que nasceu em Belém, que é Deus perfeito e homem perfeito. Sabia-se claramente que ele nos trouxera a salvação porque nos trouxera o sentido da vida e a vitória sobre a morte. Sabia-se bem que esse Menino é sinal de contradição e que segui-lo requer maturidade, amor, renúncia...
Os presentes recordavam que em Jesus Deus se fez presente; o pinheiro de Natal recordava que a vida veio ao mundo no ventre da Sempre Virgem Maria; as luzes nos diziam a Luz do mundo que dissipou a treva do pecado e da morte, a ceia natalina nos falava da Eucaristia e do desejo de participar do Banquete do Reino que esse Menino nos abriu. E o amor, a paz, a harmonia de que se falavam nasciam da paz desse Menino.
Mas, agora, sem o Menino, tudo isso não passa de ilusão, de consumismo, de mais uma fantasia tola. Assim vai nossa sociedade: de futilidade em futilidade, de vazio em vazio...
Mas, para os que creem no Menino e nos Seus passos aprumam sua vida, para esses o Natal ainda é uma doce verdade. A esses, feliz Natal! Para os demais, com toda amizade e sinceridade de coração, um bom 2014.

D. Henrique Soares da Costa
Bispo Auxiliar de Aracaju

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Padre explica sentido da encarnação de Cristo


A Antífona de Entrada da Missa da Meia Noite no Natal inicia-se com este canto: “Hoje desceu do Céu sobre nós a verdadeira paz”. Isto é o Natal! É o dia Santo em que brilha sobre nós a “grande luz” de Cristo mensageira de paz! No evangelho de São João (1,14) lemos que Deus veio morar no meio de nós, “E a Palavra se fez homem e habitou entre nós. E nós contemplamos sua glória: glória do Filho único do Pai, cheio de amor e fidelidade”. 

O impensável se torna realidade: Deus se faz gente como nós para revelar ao mundo o amor fiel que tem para conosco. Contudo, para reconhecê-Lo, para acolhê-Lo, é preciso fé, é preciso humildade, é preciso abertura.

O Natal é um convite a se alegrar, pois, em Jesus, Deus assume radicalmente o humano. Jesus é o ponto de encontro da humanidade com Deus. Deus se revelou plenamente a toda humanidade, tirou todos os véus que impediam Sua comunicação com a humanidade, falando-nos por meio do seu Filho que vive entre nós. No Natal do Senhor somos convidados a olharmos para a gruta de Belém, Deus desce até o ponto de se deitar numa manjedoura e, a primeira linguagem que Deus usa para revelar-se plenamente é a de uma criança como qualquer criança.

São Leão Magno, em uma homilia na noite de Natal, disse: “Hoje, o autor do mundo foi gerado do ventre de uma virgem: aquele que fez todas as coisas se fez filho de uma mulher que ele mesmo criou. Hoje o Verbo de Deus apareceu revestido de carne e, enquanto jamais foi visível aos olhos humanos, se torna, além de visível, palpável. Hoje os pastores escutaram da voz dos anjos que nasceu o Salvador, na substância do nosso corpo e nossa alma” (Sermo 26, In Nativitate Domini, 6,1: PL 54, 213).

No Natal do Senhor nós testemunhamos a ternura e o amor de Deus que está acima de nós, de nossos limites, nossas fraquezas, nossos pecados e que vem ao nosso encontro, que desce até nós, assume nossa condição humana para nos elevar à condição filhos e filhas de Deus. Como afirma o apóstolo São Paulo, “sendo ele (Jesus Cristo) de condição divina (…) esvaziou-se a si mesmo, tomando a condição de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fl 2,6-7).

O Natal é a celebração do aniversário do nascimento de Jesus, porém, mais importante que isto, é a celebração de um Mistério que marcou e continua a marcar a história do homem: o próprio Deus veio habitar em meio a nós (cf. Jo 1,14), se fez um de nós; um Mistério que afeta nossa fé, nossa história e nossa existência. Ainda o Papa São Leão Magno, falando sobre o sentido profundo da Solenidade de Natal, afirma: “Alegremo-nos no Senhor, meus queridos, e abramos nossos corações para a mais pura alegria, porque o dia raiou para nós e isso significa a nova redenção, a antiga promessa, a felicidade eterna. Se renova para nós, realmente, o ciclo anual do alto mistério de nossa salvação, que, prometido no início e no final dos tempos, está destinado a não ter fim” (Sermo 22, In Nativitate Domini, 2,1: PL 54,193).

Amigos e amigas, na noite de Natal, vivam de forma intensa este momento de alegria e paz, alegrem-se porque Deus vive em nosso meio, que a troca de presentes e de saudações não perca seu profundo valor religioso, e a festa não seja obscurecida por aspectos exteriores e vazios do verdadeiro sentido da celebração. Em cada presente que trocamos recordemos que o maior presente já nos foi dado, Deus mesmo se faz presença, se faz dom; cada saudação se transforme numa celebração de paz, de perdão, de compromisso e de fraternidade. }

Não se esqueça das pessoas que mais precisam da nossa solidariedade e caridade fraterna, que os nossos corações se abram para a maravilhosa experiência de encontrarmos Deus em cada irmão e irmã e de modo particular nos mais pobres e excluídos de nossa sociedade. Este é o verdadeiro sentido sagrado e cristão do Natal do Senhor, que a nossa alegria não seja superficial, mas profunda.

Desejamos a todos vocês e as vossas famílias uma celebração de Natal realmente cristã, de modo que também todas as felicitações sejam expressões da alegria por saber que Deus está em nosso meio, próximo a nós e quer percorrer conosco o caminho da vida.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Presépio monumento está aberto para visitação


Até o dia 6 de janeiro, quem passar pelo Dique do Tororó poderá conferir a representação do nascimento do Menino Jesus em um presépio montado próximo ao píer. Com peças de quatro metros de altura, o presépio monumento, considerado o maior do Brasil, faz parte das ações do projeto Salvador, Cidade Natal do Brasil, e foi inaugurado na tarde da última segunda-feira (9). Durante o evento, os participantes puderam contemplar as vozes das crianças que fazem parte do Coral Dom Bosco, do Colégio Salesiano Dom Bosco.

De acordo com o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, scj, a iniciativa visa levar Jesus para o centro da festa natalina. “Desde que começamos a montar este presépio na Avenida Paralela, nós vimos as respostas positivas da população. Agora o trouxemos para o coração da cidade. Vamos fazer com que Salvador se destaque não só pelo carnaval, mas também pela cidade que mais presta homenagens ao Menino Jesus”, disse.


A visitação do presépio é gratuita e acontece até o dia 6 de janeiro
O prefeito ACM Neto também participou da inauguração. “Estamos retomando a festa natalina em Salvador, trazendo o presépio monumento inteiramente restaurado. Vamos ter, ainda, espetáculos de natal ao ar livre aqui no Dique e esses espetáculos vão tocar o coração das pessoas”, afirmou. Vale ressaltar que a encenação do nascimento de Jesus acontecerá ao ar livre, nos dias 18, 19, 20 e 21 de dezembro, sempre às 20h.

Segundo o artista plástico responsável pelas peças, Zaca Oliveira, o diferencial este ano é o uso do grafite e os tecidos. “Como as imagens estão mais próximas das pessoas, nós usamos os tecidos para dar mais conforto. Deixamos os panos soltos para dar mais movimento. Além disso, tiramos o Jesus de olhos azuis e cabelos lisos e colocamos um afrodescendente”, conta.

Presépio monumento - A iniciativa da Arquidiocese de Salvador já está movimentando ooutras cidades do nordeste. Um exemplo é o Ceará, que receberá na próxima sexta-feira, dia 13, a réplica do presépio monumento.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Bíblias mais importantes do mundo são disponibilizadas on-line

A Biblioteca Apostólica Vaticana (VIS) e as ‘Bodleian Libraries’ da Universidade de Oxford, disponibilizam online a partir desta terça-feira, 3, algumas das Bíblias mais singulares e importantes do mundo, além de textos bíblicos das suas coleções. Os textos digitalizados estão acessíveis no endereço eletrônico http://bav.bodleian.ox.ac.uk.

A iniciativa é o primeiro passo de um projeto de colaboração quadrienal entre as duas instituições que prevê a difusão no site de conteúdos digitais. Um comitê de acadêmicos e curadores de todo o mundo selecionou, para digitalização, uma parte das coleções de manuscritos em hebraico, Greco e Incunábulos das Bodleian e da Biblioteca Vaticana.

O processo de seleção procurou harmonizar exigências de estudo e necessidades práticas. Restauradores das respectivas bibliotecas colaboraram com os responsáveis pela conservação, com o objetivo de estabelecer não somente o valor dos conteúdos, mas também as condições de conservação das obras.

Embora já há alguns anos as duas instituições reproduzam por imagens digitais parte de suas coleções, este projeto fornece a ambas, a oportunidade de incrementar a escala e a capacidade numérica dos volumes efetivamente digitalizados, tomando muito cuidado em não expor as obras - muito delicadas, devido ao seu estado de conservação ligado à antiguidade - a eventuais danos.

O site recém inaugurado fornece imagens em escala, em boa resolução, o que permite um estudo e uma análise científica detalhada. O site compreende, além disto, algumas apresentações de vídeos e ensaios feitos por estudioso e apoiadores do projeto de digitalização, entre os quais Jean-Louis Bruguès, Arquivista e Bibliotecário da Santa Romana Igreja, e o Arcebispo de Cantuária, Primaz da Igreja Anglicana.

Fonte: Canção Nova

domingo, 1 de dezembro de 2013

Significados do Advento! Novo tempo litúrgico começa neste domingo

Abre-se o Advento, tempo da vinda e da chegada de Jesus. A Igreja inicia o ano litúrgico. Retoma a esperança de Israel, alimentada pelos profetas, que abasteciam a expectativa messiânica. Mensagem atualíssima em linguagem a ser compreendida.

A primeira semana nos faz olhar o futuro: o Senhor retornará. No domingo inaugural, sua volta é proposta no Evangelho de Mateus, através do discurso escatológico (24, 37- 44), isto é, referente aos últimos acontecimentos.

Quando Ele virá novamente? Ninguém sabe, exceto o Pai. A afirmação do desconhecimento desautoriza acreditar em pessoas que, vez por outra, surgem, determinando o fim dos tempos, a conclusão da história, a destruição do mundo ou a vinda do Filho do Homem. Todos enganadores. Curioso é que há sempre gente que se deixa (ou gosta?) de ser enganada.

Coisa certa do discurso: Ele voltará e está próximo. Tal proximidade não é imediata ou a ser datada, pois para Deus “um dia é como mil anos e mil anos como um dia” (2 Pd 3, 8). Daí decorre a certeza da imprevisibilidade. Virá como um ladrão e na hora em que não pensarmos. Portanto, são inúteis os prognósticos e podem levar a fé ao descrédito ao se confundir o certo pelo duvidoso.

Mesmo guerras, revoluções, epidemias e intempéries, desvelando a finitude humana e a precariedade natural, não indicam o fim com precisão. No entanto, é comum e compreensível dizer diante de calamidades, sobretudo morais: “é o fim do mundo”. Sabemos, porém, que não é o fim total, mas parcial. Apenas para quem foi atingido. As experiências trágicas ou traumatizantes, todavia, sinalizam para a conclusão definitiva, no desejo de recuperação imediata e abrangente.

O discurso sobre o retorno do Senhor faz parte do Credo. Compõe a profissão de nossa fé católica e apostólica. Também em relação ao sentido último: a vitória da vida sobre a morte. Daí a ressurreição final e universal. A vitória da justiça sobre a injustiça. Daí o juízo final e universal. Prêmio e castigo para uns e outros. O fim é renovação. Não simples destruição. O como também não é sabido.

Por mais que possa parecer-nos linguagem simbólica demais ou mítica, ainda que na justa medida, carregam dentro de si o desejo íntimo e natural do espírito humano pelo triunfo da vida e do bem. Deus não frustrará tal desejo. Virá ao seu encontro, para além da precariedade de toda linguagem. É o que nos cabe esperar. Pelo advento do Cristo glorioso, aguardamos a novidade da transformação.

Coisa certa do discurso é ainda o que fazer agora. Prático e criativo, não é receituário. Do futuro, encaminha-nos ao presente em construção, na liberdade, possível de erros. Convoca à prontidão, à vigilância, à preparação.

À prática perseverante, serena e alegre da fé, muitas vezes corajosa em meio às incompreensões e às perseguições até o martírio. À prática do amor e suas implicações, não declaratório apenas, mas efetivo, na justiça e no perdão. À prática da esperança, segura e firme qual âncora para a chegada ao porto seguro. Às práticas das virtudes humanas para bons e estáveis relacionamentos.

Em suma, à vida de santidade no crescimento da graça, pela vivência dos sacramentos. À existência em Cristo nos estados de vida e nas profissões.

O tema do retorno do Senhor não só nos projeta para realidades futuras. Faz-nos responsáveis pelo tempo presente, o advento de Cristo na história e na vida das pessoas. Ele também vem nos acontecimentos e, especialmente, nos pobres. Aguarda-nos com suas surpresas. Já está entre nós.

O Advento é mais considerado em relação ao Natal. É o caminho imediato e mais fácil para preparar as festas natalinas.

A criatividade pastoral desperta as energias que os festejos contêm. Estão enraizadas no nosso substrato católico cultural. Se assim não fosse, não teria sentido algum celebrar o Natal. O que nos cabe fazer devido ao sentido? Oferecermos Jesus, especialmente às novas gerações. Facilitarmos sua presença na sociedade. Jesus Cristo é sempre muito bem vindo.

Fonte: Canção Nova