terça-feira, 19 de novembro de 2013

Padre comenta o ato de educar para as virtudes humanas

Estou lançando pela Editora Canção Nova o livro intitulado “Educar para as Virtudes Humanas” . Com este livro, tenho o desejo de proporcionar ao leitor uma reflexão sobre o que são virtudes, como distingui-las e como aprimorá-las em nossa vida, além de ajudar-nos a compreender qual o papel dos pais, dos educadores e da Igreja nesse processo de crescimento espiritual.

Ao lermos o capítulo 1 do Evangelho de Lucas, que relata todas as situações em torno da concepção, escolha do nome e circuncisão de João Batista, vemos que Zacarias, seu pai, fica mudo até anunciar o nome do filho, e também o temor e comentários dos vizinhos acerca do futuro da criança: “Todos os que ouviram a notícia ficavam pensando:‘Que vai ser este menino?’De fato, a mão do Senhor estava com ele” (Lc 1,66).

Este questionamento que o povo fazia sobre João Batista é o mesmo que todos nós fazemos quando nasce um bebê. O desenvolvimento de uma criança e a formação de sua personalidade e de sua fé são processos contínuos e desafiadores para a própria pessoa e para aqueles que estão à sua volta: “O que será deste menino, desta menina?”. Ser um homem e uma mulher equilibrados, constantes, estruturados como pessoa, na fé e na graça, é uma tarefa difícil que exige “educar-se” e “querer”. Ser virtuoso é dom de Deus, mas também é construção humana e exige uma atitude interior da vontade, em conformidade com as interferências externas e a educação.

A descoberta do sentido da palavra virtude e da pessoa virtuosa não é tarefa fácil. Muitas incertezas e dúvidas circulam em nossa sociedade e em nossa cultura, e muitas imagens distorcidas são veiculadas nos meios de comunicação social, dificultando a compreensão do significado verdadeiro do ser virtuoso. Como se tornar virtuoso e produzir os frutos do Espírito em uma sociedade em que imperam outros ideais e táticas para ganhar mais dinheiro, subir na escala social, promover-se, ter mais bens e mais poder sobre os outros? O que significa ser virtuoso em nossa sociedade moderna?

Precisamos de uma educação ética baseada mais na atração que na obrigação, pois esta linguagem fala mais diretamente aos homens e às mulheres do nosso tempo, especialmente aos jovens. Não podemos confundir educação com a rigorosa observância de certo número de regras positivas (leis) e, sobretudo, negativas (proibições).

A aprendizagem de uma vida virtuosa é um processo de dentro para fora nas pessoas de boa vontade, que visa formar sua maneira de pensar, decidir, agir no mundo e comunicar-se com os outros; portanto, é imprescindível que o indivíduo adquira o hábito de agir bem segundo todas as virtudes morais. A pessoa humana é sujeito responsável por seus atos e por seu comportamento tanto perante a sua própria consciência quanto perante os outros.

A pessoa que ainda não se abriu às virtudes ou que não é educada para as mesmas não está em condições de julgar retamente o que é o bem e o que é melhor para si mesmo.

Educar moralmente não significa, pois, prescrever uma “receita” sobre o que é justo fazer em cada circunstância particular, mas ajudar o outro a amadurecer as virtudes éticas e, sobretudo, a sabedoria, com que sua consciência poderá orientar-se em todas as situações, inclusive as imprevisíveis. Na educação para as virtudes, não existe uma receita a qual basta seguir para formar uma pessoa desta ou daquela forma. A pessoa é um projeto, marcado por heranças genéticas, mas existe também o contexto cultural no qual nasce e terá de se realizar.

A palavra “virtude” tem sido cada vez mais menosprezada na sociedade moderna, e algumas pessoas chegam até mesmo a atribuir-lhe um sentido pejorativo, visando depreciar quem ainda a valoriza.

Afirmamos ainda que ser virtuoso também é uma tarefa a ser desenvolvida. As virtudes pertencem à intimidade das pessoas, expressam-se na práxis de cada um, crescem e criam raízes por ela. Ninguém nasce com uma coleção de virtudes feitas, de modo que o futuro de uma criança sempre repete a pergunta aberta: que será este menino ou menina? (cf. Lc 1,66). Mesmo em se tratando de virtudes infusas, dadas por Deus, a comunicação destas por parte Dele não garantem, por si, que as sementes lançadas caiam em terra boa e produzam os frutos esperados (cf. Mt 13,23).

Deus é o criador, o artista que não se repete na virtude dos homens que cria. Deus não usa de modelos comuns nem trabalha com linha de produção. Sua originalidade se expressa na unicidade singular de cada pessoa, também na configuração de suas virtudes. Santos, sejam grandes, sejam pequenos de cada dia, nunca são iguais nem uniformes. O ser humano deve aceitar humildemente o caminho da presença de Deus (cf. 2Cor 12,7-9).

Nesta obra de fortes bases teóricas, apresento as principais virtudes humanas e convido ao leitor a avaliar sua postura em relação a elas, auxiliando-o a descobrir como trazê-las para nossa vida e para a de todos que nos cercam.

Padre Mário Marcelo é mestre em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras – MG (UFLA-MG). Licenciado em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque, SC (FEBE). Bacharel em Teologia pela Faculdade Dehoniana, Taubaté, SP. Mestre em Teologia Prática (núcleo Moral), pelo Centro Universitário Assunção, São Paulo, SP. Doutor em Teologia Moral pela Academia Alfonsiana, Roma/Itália. Autor e assessor na área de Bioética e Teologia Moral. Professor da Faculdade Dehoniana, Taubaté, SP e do Instituto de Teologia Bento XVI, Cachoeira Paulista, SP.

Toda terça-feira, você acompanha no noticias.cancaonova.com artigos que colunistas que escrevem sobre defesa da vida, liturgia, frases marcantes do Papa Francisco e Teologia Moral

Fonte: Canção Nova

quarta-feira, 13 de novembro de 2013


Missa, adoração e assembleia marcam o encerramento do Ano da Fé


Neste mês de novembro, a Igreja se prepara para encerrar o Ano da Fé – proposto pelo Papa Emérito Bento XVI. Na Arquidiocese de Salvador serão realizados três eventos. O primeiro deles será no dia 21, quando todas as paróquias realizarão a adoração ao Santíssimo Sacramento. No dia 22, o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, scj, presidirá uma Missa às 19h, na Catedral Basílica (Terreiro de Jesus). Já no dia 23 acontecerá uma assembleia com as lideranças pastorais no auditório Cardeal Geraldo Majella Agnelo (Cúria Bom Pastor), das 8h às 12h.

O Ano da Fé marcou as comemorações dos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II e os 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Reflexões sobre os fundamentos da fé cristã, adorações ao Santíssimo Sacramento, encontros, seminários, retiros foram algumas atividades desenvolvidas nas paróquias durante o período, que teve início no dia 11 de outubro de 2012.

De acordo com Dom Murilo, o Ano da Fé deixa desafios. “A pergunta que fica: como, então, viver e anunciar a fé em Jesus Cristo, o Filho de Deus vivo? Afinal, ele nos ensina a amar o próximo, a nos doar a todos, a servir, a perdoar. É um desafio imenso! Mas somos iluminados pela palavra de Jesus, que nos anima com a certeza: ‘Eis que estarei convosco todos os dias!’ O cristão vive dessa certeza e nela encontra motivação para lançar suas redes em águas mais profundas”, afirma.

Os fiéis refletiram, de modo mais profundo, sobre os fundamentos da fé cristã

A Carta Apostólica Porta Fidei orientou os fiéis ao longo deste período. No documento, Bento XVI explicou que “o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo (cf. Act 5, 31)”. Foram concedidas, ainda, Indulgências Plenárias aos fiéis, a partir do Decreto publicado pela Penitenciária Apóstolica.

Além das ocasiões definidas pelo Decreto, o Arcebispo instituiu – durante o Ano da Fé -  a Catedral Basílica, Basílica Santuário do Senhor Bom Jesus do Bonfim, Basílica Nossa Senhora da Conceição da Praia, Basílica de São Sebastião (Mosteiro de São Bento) e as matrizes de Nossa Senhora da Purificação (Santo Amaro), Santíssimo Sacramento (Itaparica), Santo Amaro de Ipitanga (Lauro de Freitas), Nossa Senhora do Bom Sucesso (Cruz das Almas) como templos para a obtenção da Indulgência Plenária.


Fonte: Arquidiocese São Salvador da Bahia

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Desafios pastorais na catequese litúrgica com adultos

Normalmente atribui-se ao grupo de catequistas e, às vezes ao pároco, a responsabilidade de conduzir o processo catequético. Esquece-se assim de que toda a comunidade cristã é convidada a exercer a sua maternidade espiritual e manifestar publicamente o seu compromisso de fé e vida cristã para com os catecúmenos.

Desta afirmação, fica evidente que a catequese não é tarefa somente de algumas pessoas, mas função comunitária eminentemente eclesial. Pressupõe uma comunidade cristã com grande preocupação de iniciar progressivamente os novos filhos na fé e na vida da Igreja. Pois à comunidade cristã cabe a educação dos catecúmenos através do exercício de sua maternidade espiritual em sua tríplice função de despertar, acolher e sustentar a fé dos candidatos.

Disto decorre ainda que o catecúmeno não é um indivíduo isolado, mas necessita de um testemunho e uma ajuda comunitária, já que a fé se expressa numa vida cristã concreta, o que supõe adquirir com os outros uma consciência cristã para transformar os costumes, o comportamento e os compromissos.

Pois, para uma verdadeira catequese, não basta apenas planejar o bom andamento de um conjunto de temas, mas promover a integração da caminhada da comunidade cristã com a mensagem evangélica. Desta forma, a comunidade estará formando-se na fé e sendo sinal profético e evangelizador para aqueles que desejam fazer-se cristãos.

O impulso renovador da catequese, inspirado nas orientações do Vaticano II, Medellín, Puebla e na Exortação de João Paulo II sobre a catequese, foi de enorme valia para a organização dos conteúdos catequéticos e estruturação da metodologia de trabalho. Procurou-se valorizar mais as realidades terrenas, as situações concretas vividas pelo povo como tema de catequese. São as assim chamadas catequeses temáticas (família, trabalho, política, justiça social, drogas, sexualidade etc.).

O agente de catequese com adultos deve estar consciente que a Bíblia é um livro escrito por adultos para adultos, que registra a experiência de fé dos adultos. Mostra um povo que descobriu a verdade libertadora de Deus nos acontecimentos de sua história.

A Bíblia convida os adultos de hoje a fazerem o mesmo. Os profetas eram formadores, comunicadores que se dirigiam aos adultos com responsabilidade de fazer cumprir a Aliança. Crianças e jovens aprendiam com os adultos, ouvindo as histórias do povo, participando das festas litúrgicas.

O Novo Testamento nos mostra Jesus que acolhia e abençoava as crianças, mas somente os adultos eram instruídos e orientados a segui-lo e fazer o que ele fazia. Também as primeiras comunidades são formadas por adultos, evangelizados, atraídos ao projeto e à pessoa de Jesus e catequizados através da participação na comunidade e do ensino dos mais experientes.

Portanto, a Bíblia é um livro dirigido especialmente aos adultos e deve ser a fonte primeira e mais importante de todo o processo catequético. Mas para que isso aconteça efetivamente e dê frutos, o próprio agente de catequese deve se formar para ter uma visão da Bíblia que realmente ajude os adultos a alimentar sua vida cristã.

Pois não se trata de colocar simplesmente a Bíblia na catequese com adultos e fazer a leitura de certos textos. Supõe antes que o agente de catequese saiba usar a Bíblia dentro de uma visão de atualização, dentro do contexto atual da vida, levando a um compromisso em nível individual, comunitário e social.

Padre Anderson Marçal cursou estudos filosóficos no Instituto Canção Nova. Em 2004, iniciou os estudos teológicos em Palmas (TO), arquidiocese à qual pertence canonicamente. Ordenado sacerdote em 2007, padre Anderson é mestre em Teologia e doutor em Teologia Pastoral Bíblica-Litúrgica. Para o noticias.cancaonova.com, ele escreve mensalmente sobre Liturgia.

Acompanhe, semanalmente, colunas sobre os temas: frases marcantes do Papa Francisco, defesa da vida, liturgia e teologia moral.

Fonte: Canção Nova

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

JMJ 2016 na Cracóvia será de 25 de julho a 1º de agosto

A próxima Jornada Mundial da Juventude já tem data marcada. O maior evento da juventude mundial, a ser realizado em Cracóvia, na Polônia, será de 25 de julho a 1º de agosto de 2016.

O anúncio foi feito, segundo o jornal L’Oservatore Romano, pelo cardeal arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz. A informação foi divulgada através de um comunicado do Gabinete Católico de Peregrinações.

O local da próxima JMJ já havia sido anunciado pelo Papa Francisco na Missa de envio da JMJ Rio2013, realizada de 23 a 28 de julho deste ano. Poucos dias após o anúncio, a arquidiocese de Cracóvia criou um site oficial para o evento - www.krakow2016.com, com conteúdo disponível em seis idiomas: inglês, polonês, alemão, espanhol, francês e italiano.

Embora faltem mais de 2 anos para o evento, os preparativos já começaram. Em setembro, representantes das dioceses da Polônia reuniram-se em Varsóvia para dar início ao calendário da JMJ 2016. Na época, falou-se da criação de uma comissão mista e da definição de setores específicos da organização. 

A Polônia já sediou a JMJ em sua quinta edição, realizada em 1991, em Czestochowa. Após 25 anos, o evento retorna para a terra natal do fundador da Jornada, o beato João Paulo II, que será canonizado em 27 de abril de 2014.

Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Papa Francisco celebra missa na solenidade de Todos os Santos

 O Papa Francisco celebrou nesta sexta-feira, 1º, a missa por ocasião da solenidade de Todos os Santos. A celebração foi realizada no cemitério Verano de Roma, na Itália, na presença de milhares de fiéis.

Na homilia, o Santo Padre convidou os presentes a pensarem no seu futuro e a recordarem todos aqueles que já faleceram. "Aqueles que nos precederam na vida e estão com o Senhor".

Confira:
.: Homilia do Papa Francisco na solenidade de Todos os Santos

A missa, realizada pouco antes do pôr do sol, levou o Pontífice a refletir sobre a visão do céu, como foi citada na primeira leitura (cf. Ap 7,2-4.9-14). "A beleza, a bondade, a verdade, a ternura, o amor total. Aquilo que nos espera e aqueles que nos precederam, que morreram no Senhor, estão lá", afirmou.

O Santo Padre disse também que os santos foram salvos não só por suas obras, mas por graça. "A salvação pertence ao nosso Deus, é Ele que nos salva, é Ele que nos leva, como um Pai, pela mão, ao final da nossa vida", explicou.

Francisco destacou que na Solenidade de hoje, que antecede o dia de finados, é necessário "pensar nessa esperança que nos acompanha".

Os primeiros cristãos falavam da esperança e a pintavam como uma âncora, recordou o Pontífice. Segundo ele, é preciso "ter o coração ancorado lá, onde estão os nossos antepassados, os santos, onde se encontra Jesus, onde está Deus".

E complementou: "Esta é a esperança que não cria desilusão. Hoje e amanhã são dias de esperança. A esperança é como o fermento que faz ampliar a alma. Mas também existem momentos difíceis na vida, mas com a esperança, a alma vai adiante. Olha o que te espera".

Por fim, o Papa fez uma alusão ao pôr do sol da vida, e questionou os presentes: "Eu olho para ele (pôr do sol) com esperança? Olho com aquela alegria de ser recebido pelo Senhor?".

De acordo com o Pontífice, este é o olhar cristão e isso que lhe dá a paz. "Vamos pensar no pôr do sol de tantos irmãos que nos precederam, no nosso pôr do sol, que virá. E vamos pensar no nosso coração e vamos nos perguntar: onde está ancorado o meu coração? Se ele não está ancorado bem, vamos ancorá-lo lá, lá em cima sabendo que a esperança não nos dá desilusão, porque o Senhor Jesus jamais irá nos desiludir", concluiu.

Ao final da celebração, o Santo Padre rezou por todos aqueles que nestes dias perderam a vida, afogados ou no deserto, enquanto procuravam uma vida mais digna. E também por todos os que se salvaram e estão em tantos lugares de acolhida, "amontoados", aguardando uma liberação para irem a lugares melhores.

Fonte: Canção Nova Notícias

Igreja canonizou mais de 20 mil santos, celebrados hoje


Mais de 20 mil pessoas, entre homens e mulheres, já foram canonizados pela Igreja ao longo destes mais de dois mil anos de história. Para todos eles, os católicos dedicam um dia especial a fim de celebrá-los e pedir a intercessão. Trata-se da Solenidade de Todos os Santos vivenciada pela Igreja Católica nesta sexta-feira, 1º de novembro. 

De acordo com o professor de História da Igreja do Instituto de Teologia Bento XVI, na Diocese de Lorena, Felipe Aquino, a data tem origem a partir da festa pagã celta de nome Halloween, oriunda da região da Irlanda, Escócia e Inglaterra. Segundo ele, os celtas acreditavam, dentro do paganismo, que no dia 31 de outubro - para eles, último dia do ano - os espíritos dos mortos voltavam à terra para se alimentar e assustar as pessoas.

"A Igreja, quando evangelizou a Inglaterra e a Grã-Bretanha, quis substituir essa crença pagã por uma crença cristã. Então passou a celebrar, ao invés da festa pagã, o Dia de Todos Santos, em 1º de novembro", explica. 

A crença nos santos

O professor explica que a Igreja escolheu esta data especial para lembrar os inúmeros fiéis que, segundo a fé católica, já habitam as regiões celestes, mas que ainda estão no anonimato perante o cenário de homens e mulheres canonizados.  

“Há muitos que estão no céu e a Igreja não sabe nem o nome”, disse o professor Felipe. "Quantos foram martirizados no anonimato... Então, como a Igreja gosta de celebrar a festa de cada santo no calendário do ano, inclusive estes que não sabe o nome, ela celebra neste dia", explicou.  

A importância dada aos santos tem sua razão na fé que os católicos depositam na intercessão destas pessoas que viveram o Evangelho com fidelidade e tornaram-se, por graça de Deus, modelo para os outros cristãos. 

“A Igreja sabe que os santos intercedem por nós sem cessar diante de Deus. Quando você invoca os santos ou presta um culto de louvor a um santo, você na verdade presta um culto de louvor a Deus”, ressaltou o professor. 

Embora muitos ainda considerem a devoção aos santos como idolatria, o professor afirma que o culto nunca é prestado diretamente ao santo, mas a Deus, através dos santos. "A pessoa é santa por graça e obra de Deus. Então, o santo vai interceder por nós diante de Deus. Este é o sentido profundo", afirmou.

Uso de imagens

O Concílio de Niceia II, no ano 787, disse que as imagens dos santos devem ser colocadas nas paredes, nas alfaias litúrgicas, nas ruas, nas casas. 

"Isso porque a imagem de um santo representa aquele que está no Céu. Se olharmos para uma imagem de Nossa Senhora precisamos lembrar que ela é um modelo a ser seguido. Esta é a primeira finalidade do culto aos santos: ele é um modelo, porque viveu de acordo com a vontade de Deus. Então eu posso me inspirar nele para também viver a vontade de Deus”, esclareceu o professor Felipe Aquino.